Sabe aquele monte de escritos que guardamos (às vezes nem sabemos o porquê) em diários, agendas, folhas soltas e cadernos? E aqueles textos e artigos que digitamos e arquivamos? São tantos escritos que iniciamos, mas depois abandonamos após a terceira ou décima página, e seja por apego ou esperança, arquivamos em algum lugar. Pois então, tudo isso é ponto de partida para a escrita de um livro.
Conto a história de um cliente que me trouxe uma caixa cheia de escritos, tinha coisa até em papel de guardanapo. Para ele, o guardar aquilo tudo, tinha sua origem na afetividade. Nós iniciamos a consultoria pegando todo o material e digitando. Depois sistematizamos por estilo literário… e pasmem, tinha material para uns 3 livros, só para começar.
Após sistematizar todos os escritos elaboramos o PROJETO DO LIVRO, para ele poder seguir e reescrever algumas pérolas. Hoje ele está às voltas com a escrita do seu PRIMEIRO LIVRO. Onde tinha muito papel envolvido, hoje tem uma obra sendo gerada.
Por isso digo a você: Seu arquivo morto pode ressuscitar. Entenda que no tempo que seu material foi escrito pela primeira vez, e foi encostado de lado, você não possuía a experiencia e o olhar atual. Um olhar que com o tempo torna-se capaz de ressignificar histórias, sensações e interpretações, trazendo um toque terapêutico ao seu momento de escrita. O trabalho de reescrita, sendo bem acompanhado, é como você transformar rabiscos em obra de arte, é reciclar seus conceitos e suas expressões. E mais… é seu pensamento ou experiência sendo reorganizados, e sua vida e carreira sendo maturada.
Por onde começar?
Que tal colocando-os todos dentro de uma única caixa?
Rose Lira, Consultora de Escrita, na Central de Escritores.